Nyingma

32KN-CARLOS-FERNANDO-MACEDO-com-so

Tem sido um longo ano. Você provavelmente já leu muito – artigos, ensaios, previsões, posts e tweets. Fez aulas e assistiu palestras online. Falou com amigos e familiares via vídeo por WhatsApp, Zoom ou Teams. São muitas informações e às vezes a mente fica cheia de tantos estímulos.

Nosso convite é que você tire um momento para fazer uma pausa, respirar e sair de sua mente correndo e entrar em seu corpo, cultivando a compaixão e o cuidado com você mesmo e pelos outros.

As três práticas abaixo são curtas e suaves, extraídas de três livros de Tarthang Tulku, nosso mestre e fundador no nosso Centro. Cada uma delas proporciona uma oportunidade para você investigar seus sentimentos e o momento presente – não importa o que está acontecendo no mundo, esperamos que estas palavras lhe proporcionem momentos de paz, sossego e conexão que você merece. 

 

Prática 1

Vivendo a Vida na Respiração 

(Kum Nye – Preparação Profunda para o Yoga Tibetano – pág. 46) 

Veja o vídeo e/ou leia a transcrição logo abaixo:

Sente-se confortavelmente na postura do sentar e respire de modo suave e lento pelo nariz e pela boca. Esteja atento á respiração de modo leve até que o ar flua por igual pelo nariz e pela boca, em tempos iguais para a inspiração e a expiração.

Observe a qualidade da sua respiração: ela é pesada, entrecortada, agitada ou profunda? Veja como diferentes qualidades de respirar estão relacionadas com diferentes estados mentais e emocionais, e como a mente se acalma e as sensações fluem, à medida que a respiração se torna mais fácil e regular

Enquanto respira, abra a sensação de relaxamento o máximo que puder. Uma sua atenção com a respiração e expanda todas as sensações que surgirem, até não saber mais onde estão os limites do seu corpo; tudo o que pode sentir é o sentimento e a energia sutil que flui com a respiração.

À medida que o respirar se torna mais uniforme, você naturalmente se acalma. As tensões musculares supérfluas dissolverão, liberando diferentes camadas de sentimento. Ao penetrar as camadas mais profundas de sentimento, você se familiarizará com as inúmeras tonalidades sutis de sentimento, embora nem sempre tenha palavras para descrevê-las. Deixe que esses tons de sentimentos se expandam de modo que se tornem mais profundos e vastos.

Pratique essa respiração sempre que possível: enquanto trabalha, caminha, conversa e até mesmo se acordar no meio da noite – em cada momento do seu dia.

Você também pode praticar essa respiração quando estiver deitado de costas, com as pernas retas e esticadas ou com os joelhos dobrados e dos pés apoiados.

 

 

Prática 2

Despertando o Sentimento

(Alegria de Ser – pág. 61)

Veja o vídeo e/ou leia a transcrição logo abaixo:

Sente-se em silêncio, e permita que a mente relaxe profundamente, como se você estivesse olhando para um lago profundo, puro como cristal e azul como o céu aberto. Veja o lago como se estivesse muito parado e calmo, convide esta qualidade de calma profunda para seu corpo. Inspire-a e permita que ela passe através da garganta até os pulmões, sinta-a aquecendo o coração e relaxando o abdômen. Quando sons surgirem, ouça de modo que a quietude continue com o próprio ir e vir do som. Permita à mente e ao corpo entrarem nesta calma, seguindo-a à medida que ela se aprofunda e se expande. Quando os sentimentos surgem, entregue-se a eles relaxando completamente. Abandone as palavras, abandone os conceitos, abandone as interpretações, e simplesmente fique com qualquer sentimento que surgir. Funda-se com o sentimento, saboreie a calma e delicie-se com a quietude que envolve a mente e o corpo. Sons vão e vêm, pensamentos podem vagar pela mente como nuvens no céu, mas a calma permanece. Repouse nesse espaço tranquilo, mas dinâmico, aberto para se comunicar de dentro para fora, reciprocamente. 

Comece praticando este exercício por quinze minutos e gradualmente estenda o tempo para sessões de trinta a quarenta minutos.

 

 

Prática 3

Meditação: deixe ser o que é

(Expansão da Mente – pág. 45)

Veja o vídeo e/ou leia a transcrição logo abaixo:

O silêncio interior que brota da meditação alivia a tensão destes tempos de mudanças rápidas, em que é tão fácil perdermos nosso senso de estabilidade e de equilíbrio. Ao tentar fazer coisas demais em tempo muito curto, podemos ficar agitados e transtornados. Porém, quando nossa mente está relaxada e quieta, a vida se torna simples e equilibrada, livre dos extremos que nos descontrolam. Quando estamos equilibrados, somos saudáveis – o corpo fica relaxado e a mente serena. Tornamo-nos isentos de confusões, decepções e ilusões. Aprendemos a nos orientar a partir da nossa experiência da meditação.

Fique muito quieto e relaxado, e não tente fazer nada. Deixe tudo – pensamentos, sentimentos e conceitos – passar por sua mente, sem atrair sua atenção. Não agarre as ideias ou pensamentos à medida que vêm e vão, nem tente manipulá-los. Achar que tem que fazer algo em sua meditação apenas a torna mais difícil. Deixe que a meditação se faça por si mesma.

Depois de ter aprendido a deixar os pensamentos passar por você, eles diminuem de velocidade e quase desaparecem. Então, atrás do fluxo dos pensamentos, você sentirá uma sensação que constitui a base da meditação. Quando entrar em contato com este lugar silencioso que há por trás de seus diálogos internos, deixe que sua consciência dele fique mais forte. Você pode simplesmente repousar nesta quietude, porque, nela, não há nada a fazer; não há motivo algum para produzir alguma coisa ou parar alguma coisa. Apenas deixe tudo ser.

 

capa-livros-praticas

 

  • Os livros podem ser adquiridos no Dharmazem. Entre em contato:
    E-mail: dharmazem.loja@gmail.com
    Whatsapp: 21 980717121

 

• • •

Receba nossos e-mails!

Assine nossa newsletter para receber informações sobre todas as nossas atividades.

[ninja_form id=6]