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Nesta época do ano é muito comum olharmos para trás para fazer uma retrospectiva (melhores filmes e séries de 2020, ou melhores ou piores acontecimentos, por exemplo) ou para a frente, fazendo resoluções para 2021 (ou outras listas, de desejos e sonhos), que muitas vezes são repetidas e que possivelmente não seremos capazes de realizar. 

Nosso convite é para você iniciar o novo ano buscando estar presente. 

Aqui mesmo, agora mesmo, neste instante.

Algumas situações neste ano que se inicia nos trarão grande paz. Outras nos deixarão em pedaços. Quanto mais pudermos trazer nosso foco e presença ao momento presente, mais facilmente nos abriremos à compaixão por nós mesmos e pelos outros – e encontraremos alegria e amor em nossa experiência, assim poderemos surfar com as mudanças cotidianas com mais facilidade. 

Tudo começa com estar presente em nossas vidas.

Três práticas para ficar no momento presente

Essas práticas podem ser feitas durante o seu dia a dia, em qualquer circunstância e local. Veja o vídeo com a narração das práticas e/ou leia a transcrição logo abaixo:

Prática 1

Encontre sua base na respiração

Prática do livro Kum Nye – Preparação profunda para o yoga tibetano – cap. Respiração Alegre

Sente-se confortavelmente na postura do sentar (os sete gestos), em uma almofada ou cadeira. Veja se sua boca está um pouco aberta, com a ponta da língua tocando de leve o palato. Relaxe suavemente a garganta, a barriga e a coluna. Comece a respirar com muita leveza e facilidade pelo nariz e pela boca, sem dar muita atenção ao processo. Esse respirar é bem leve, mas traz muita energia. Quando sentir tensão muscular, deixe que a respiração a toque com delicadeza e a afrouxe. Traga a respiração para palavras e imagens e deixe que ela as suavize e relaxe também. Deixe esse suave respirar aquietar e acomodar todo o seu corpo. Sem tentar controlar demais a respiração, deixe que ela, gradualmente, se torne ainda mais calma e suave até surgir uma qualidade de ternura.

Assim que você sentir uma sensação – talvez algo fluindo na garganta e no corpo – acumule esse sentimento sem tentar acrescentar nada a ele, simplesmente deixando que continue. Sinta-o mais. Você poderá sentir a sensação se movendo para diferentes partes do corpo.

Prática 2

Traga todo o seu coração para o agora

Prática do livro Gestos de Equilíbrio – cap. Abrindo o Coração

Podemos encontrar satisfação em qualquer lugar – uma simples caminhada pode nos proporcionar mais prazer do que qualquer outro entretenimento. Mas enquanto não abrirmos nossos corações, haverá pouca inspiração.

Comece por ouvir o seu coração, seus sentimentos e pensamentos e seu diálogo interior. Fique bem atento a tudo o que está acontecendo dentro de você. Muito gentil e delicadamente, dê ouvidos aos seus sentimentos internos. Escute o seu coração – literalmente, escute o pulsar do seu coração. Geralmente, nem sequer percebemos a rapidez ou a lentidão com que pulsam nossos corações. Mas, ao invés de se distrair com pensamentos e conceitos, ouça a sua voz interior e você descobrirá que se torna muito mais relaxado e muito mais alegre.

Quando você ouve cuidadosamente, você pode ouvir, às vezes, um som dentro do silêncio. Mas antes de poder ouvir eu profundo dentro de nós, precisamos aprender a nos aceitar e nos amar. Com o tempo, o centro do coração se abre naturalmente e esse é o começo do caminho de abertura, compaixão e comprometimento. E se nossos corações estão abertos, toda existência parece naturalmente bela e harmoniosa.

Prática 3

Saboreie o que vem

Prática do livro Alegria de Ser -cap. Os Seis Sentidos

Os seis órgãos dos sentidos – olho, ouvido, nariz, língua, corpo e mente – são acessos importantes para diferentes tipos de experiência. Cada um dos seis sentidos tem sua própria faculdade, cada faculdade tem sua característica e campo de atividade distintos. Para ter o máximo benefício de cada momento da experiência, precisamos desenvolver o pleno potencial de cada um de nossos sentidos. 

Apenas Ver

Sente-se tranquilamente, escolha algo que você ache agradável para olhar. Talvez a cor de algo à sua volta atraia seus olhos, ou talvez note uma forma natural, tal como uma flor ou uma árvore. Observe de maneira suave a cor e a forma, deixando sua atenção seguir os contornos da forma e vibrar com a energia da cor. Gradualmente, você sentirá a cor e a forma de maneira muito simples.

Se desejar, você pode olhar para um símbolo tradicional algumas vezes utilizado na meditação, tal como a letra tibetana AH. Com sua atenção, siga o contorno da forma, começando pelo lado superior esquerdo e terminando no lado inferior direito.

Ao sentar-se por um tempo maior apenas vendo, note áreas de tensão dentro do corpo e relaxe-as uma por uma, até que seu corpo se sinta solto e confortável. Os olhos também relaxarão sua tendência de olhar fixamente para um objeto, e olharão mais gentilmente, observando, mas não necessariamente focalizando-o. Até mesmo a atenção para traçar mentalmente um contorno pode repousar pouco a pouco na sensação da forma.

• Os livros podem ser adquiridos no Dharmazém através do site www.dharmazem.com.br

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